domingo, 17 de maio de 2009

A cor no dia-a-dia

Exemplos de como a cor desempenha um papel fulcral na comunicação do nosso quotidiano


1. Pai Natal





O Pai Natal, conhecido por trazer as prendas no Natal, é descrito como um velhote gordo de barbas brancas, vestido de vermelho, viajando pelo ar num trnó cheio de prendas e puxado por oito renas.
Até o final do século XIX, o Pai Natal era representado com uma roupa de inverno na cor marrom. Porém, em 1881, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o bom velhinho com uma roupa, também de inverno, nas cores vermelha e branca (as cores do refrigerante) e com um gorro vermelho com pompom branco. A campanha publicitária fez um grande sucesso e a nova imagem do Pai Natal espalhou-se rapidamente pelo mundo.

As causas de tamanho sucesso prendem-se, em certa medida, com as cores utilizadas para representar o Pai Natal. O vermelho vivo da sua roupa está de acordo com a energia e o entusiasmo associados à personagem, bem como a excitação que provoca nas crianças. Sugere acção, todo o processo de distribuição das prendas pelo mundo, e o amor associado à quadra natalícia. Nesta sequência, o branco surge como a pureza e a luz associadas ao amor, pois o Natal é uma festa de origem religiosa. Por outro lado, o branco contrasta com o calor do vermelho vivo, ao dar uma sensação de frio, típica do Inverno.

2. Nestum



A imagem Nestum com mel é peculiar e facilmente reconhecível pela maioria dos consumidores (sobretudo famílias com crianças). O predomínio do amarelo deve-se à sua associação ao mel, ao trigo e aos girassóis, os quais estão implicados na concepção dos cereias. Porém, a cor amarela adquire um significado maior, principalmente por ser a primeira cor que o olho humano percebe e ser a cor predominante. Surge, assim, associada à luz do sol, à energia que se ganha ao comer os cereais. Por seu turno, o verde do logotipo da Nestum sugere a juventude (o público-alvo do produto são as crianças). O verde, como cor fria, contrasta com o amarelo (cor quente), criando um equilíbrio na totalidade da imagem. Acresce ainda, que ambas as cores estão associadas à natureza e a sua combinação reforça essa ideia.

sábado, 16 de maio de 2009

Significado das cores

Apesar do significado das cores serem diferentes em culturas diferentes, elas podem ser usadas para transmitir uma determinada mensagem. o significado das cores depende do seu contexto.A percepção de cores não é dada directamente pelas propriedades do estímulo. Ao invés disso, os comprimentos de onda são simbolizados (organizados) como estímulos psicologicamente significativos e, como tais, são percebidos e a eles se reage. Em cada cultura e momento histórico, o significado das cores muda muito. Mas há ideias que resistem ao tempo. Algumas cores são preferidas ou mais adequadas a determinadas situações porque, através da história, as cores ganharam determinadas associações que na sua maior parte derivam da natureza, mas ao longo dos milénios enraizaram-se profundamente na psicologia humana.

Vermelho – Os povos celtas associavam-no à morte e ao Além. Na heráldica europeia, é relacionado com vitalidade, força, generosidade e grandes feitos. No mundo contemporâneo, significa perigo, alerta, proibição. As pessoas que se identificam com esta cor têm uma personalidade extrovertida, um temperamento vital, ambicioso e material e deixam-se levar pelos impulsos, ansiando por experiências fortes. Simboliza sangue, fogo, revolução, alegria, acção, paixão, força, disputa, desconfiança, destruição, impulso, crueldade e raiva. Como é a cor que requer maior grau de atenção e é a mais saliente, é necessário controlar a sua extensão e intensidade, pois quando aplicada a grandes áreas cansa rapidamente. Expressa sensualidade, virilidade e energia, sendo considerado um símbolo de uma paixão ardente.

Amarelo – é a cor mais intelectual. Também pode ser interpretado como jovial, afectivo, excitante e impulsivo. É associado, na nossa cultura, a informação, aviso, estímulo.


Azul – Cor tradicional das grandes divindades, relacionada com a sabedoria divina desde o Neolítico. Simboliza a profundidade imaterial e o frio. Está associado aos introvertidos, à inteligência e às emoções profundas. É a cor do infinito, dos sonhos e do maravilhoso. Representa sabedoria, amizade, fidelidade, serenidade, sossego, verdade eterna, descanso e imortalidade.



Roxo – é a cor da lucidez e da reflexão. Transmite profundidade e experiência. Está relacionado com o lado emocional e espiritual, até mesmo com a introspecção. É místico e melancólico. Representa a realeza, a dignidade e a sumptuosidade. Em terapia da cor, é relacionado com intuição, misticismo, inspiração e criatividade.


Verde – uma vez que é composta por cores de emoção (amarelo = quente) e de julgamento (azul = frio), é uma cor que representa o equilíbrio. Está associado a pessoas superficialmente inteligentes e sociais. Simboliza a Primavera e a caridade. Significa realidade, esperança, razão, lógica e juventude. Sugere humidade, frescura e vegetação, como tal está associado à natureza e ao crescimento. Aqueles que preferem esta cor detestam a saudade e buscam companhia, querem ser respeitados e competentes.




Castanho –
é uma cor masculina, severa e confortável. Evoca um ambiente de Outono e dá a impressão de gravidade e equilíbrio. Talvez por ser a cor da terra, é uma cor realista.




Rosa - Nas histórias de fadas do mundo ocidental, as meninas nasciam no interior de rosas desta cor, associada ao amor. As terapias da cor relacionam o rosa com amizade, compaixão e fidelidade.




Laranja – Simboliza o entusiasmo, exaltação, ardor e paixão. Utilizado em grandes áreas é demasiado atrevido e pode criar uma impressão impulsiva que pode ser agressiva. Possui uma força activa, radiante e expressiva, de carácter estimulante e qualidade dinâmica positiva e energética.



Branco – A cultura ocidental liga-o à inocência. Na heráldica europeia, representa pureza e verdade. A cor desprende diferentes expressões do ambiente, que tanto pode ser a sensação de calma, plenitude, alegria, como violência, maldade, etc. É a cor que maior sensibilidade possui frente à luz. É a suma de todas as cores e o símbolo do absoluto, da unidade, da inocência. Significa paz ou rendição, dando a ideia de pureza e modéstia. O branco cria uma impressão luminosa de vazio, positivo infinito.




Preto – É a ausência de cor. Simboliza a falha, o mal, o mistério, a morte, o que é impuro e maligno. Também transmite nobreza e elegância.


Cinzento – É a transição entre o branco e o negro, o produto da mistura de ambos. Simboliza neutralidade, indecisão e ausência de energia. Muitas vezes também expressa tristeza, dúvida e melancolia. É uma fusão de alegria e tristeza, do bem e do mal. Dá a impressão de frieza metálica, mas também de brilho, luxo e elegância.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Proposta de trabalho - Cor

As nossas experiências com a cor :P

Antes & Depois























Alberto Caeiro


Caeiro é o poeta da Natureza que está de acordo com ela e a vê na sua constante renovação. E porque só existe a realidade, o tempo é a ausência de tempo, sem passado, presente ou futuro, pois todos os instantes são a unidade do tempo. Alberto Caeiro apresenta-se como um simples “guardador de rebanhos”, que só se importa em ver de forma objectiva e natural a realidade, com a qual contacta a todo o momento. Daí o seu desejo de integração e de comunhão com a natureza. Foi precisamente a comunhão do 'guardador de rebanhos' com a natureza que procuramos representar neste projecto. Dái que o texto forme uma espécie de montanha, da qual saí uma árvore (para refoçar a ideia subjacente). Os tons de verde representam as cores associadas à natureza e à tranquilidade do contacto com o meio natural. O nome do poeta, num tipo de letras mais serifado e infantil, procura transmitir a calma do mesmo e a simplicidade com que vê o mundo, como se de uma criança se tratasse.


Ricardo Reis

A filosofia de Ricardo Reis é a de um epicurismo triste, pois defende o prazer do momento, o “carpe diem”, como caminho da felicidade, mas sem ceder aos impulsos dos instintos. Apesar deste prazer que procura e da felicidade que deseja alcançar, considera que nunca se consegue a verdadeira calma e tranquilidade – ataraxia. Como tal, a nossa tipografia pretende retratar esse espírito, através da utilização da silhueta da face humana como base do formato do texto. O nome do poeta a sair da boca pretende transmitir a calma do poeta. Finalmente, a frase do poema em linha recta reflecte o classisismo típico de Ricardo Reis


Álvaro de Campos



Aqui está a tipografia acerca de Álvaro de Campos. A primeira imagem foi como começamos a elaboração da proposta de trabalho, sendo que foi trabalhada no freehand, tentando usar um tipo de letra que retratasse o espírito deste heterónimo.





Posteriormente, no Photoshop, optamos por conferir dinâmica à tipografia, uma vez que o poema em análise pertence à chamada Fase Sensacionista, em que o poeta produz, com um estilo assemelhado ao de Walt Whitman, versilibrista, jactante, e com uma linguagem eufórica onde abundam as onomatopeias, uma série de poemas de exaltação do Mundo moderno, do progresso técnico e científico, da evolução e industrialização da Humanidade.







sábado, 18 de abril de 2009